Silêncio


 

Silêncio que jorra no ar,
perene, seleto, sem par...
inebriando todo olhar
que o ouse desafiar.

Silêncio...
de que é feito nosso amor,
sujeito sem verbo
conjugando o presente de dor!

Silêncio...
que sólido e feroz,
é mais revolto que o mar...
mais duro que um algoz,
e teima em nos afastar!

Silêncio jamais rompido,
mesmo em meio a tanto zoar...
contínuo, pesado, sofrido,
eterno no seu ficar!

Silêncio que fecha sua boca,
devia esse seu olhar...
que me bate, agride, sufoca,
e me impede de lhe amar!

Silêncio feito de terra... 
fogo sem apagar;
Silêncio,eterna espera de algo,
um cheiro, um céu... um mar!

4 comentários:

  1. Excelente poema, me faz lembrar que quando fico em silêncio, falo com Deus e encontro todas as respostas da vida.

    Abraços.

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  2. Valeu a pena a visita pelo prazer que me deu em ler poemas como " Saber dizer adeus " , e " Silêncio " ,neste ultimo sente-se a alma a transbordar sentimento .
    Obrigado , Mirna , por estes sublimes momentos .
    Beijos
    A . Vale

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  3. Valeu a pena a visita para ter o prazer de ler poemas como " Saber dizer adeus " e "Silêncio .Este ultimo , è uma alma a transbordar sentimento , e expresso de uma forma extraordinária .
    Parabéns , Mirna !
    Sensibilizado .
    Beijos
    A . Vale

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  4. Lindo poema, obrigada por me desejares muita Luz e Amor...
    Simplesmente Lindo



    beijo

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