Perdido



 Tiveste o enlevo dos primeiros amores,
com todo o medo...
e toda coragem
de levantar nuvens e carregar flores...
de mudar vidas e transpor ardores...
Tiveste a luz de quem viveu no eterno
e olhos ansiosos
de quem percebeu o efêmero...
Voastes além do que te fez supremo...
E, finalmente, quando andastes no limiar,
teus desvarios concedestes cambiar.
Nesse holograma em que perdeste o senso;
nesse bloquear que te fez escravo;
nesses momentos que não se repetem,
somos dois loucos que se submetem
a ter no espaço tudo que de intenso
esperamos viver desse amor imenso!

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