O_reiki_segundo_o_espiritismo Adilson_Marques
Pergunta 26 – E em relação à polêmica de tocar ou não no paciente? Nos cursos de orientação mediúnica os passistas aprendem que não se deve tocar, de forma alguma, no paciente. O Reiki, por sua vez, costuma ser feito através do toque. Há problemas em se tocar o paciente?
Resposta – Esta diferença ressalta as diferenças de mentalidade entre o Ocidente e o Oriente, entre a visão de mundo ocidental-cristã e a oriental. Existe muito pavor e incompreensão em relação ao corpo físico aqui no Ocidente. A nossa visão de mundo é dicotômica. Desde a Antiguidade se separa, radicalmente, espírito e corpo. Na verdade, parece que á uma guerra Espírito X Corpo. Em alguns momentos da história ocidental se valoriza o corpo em detrimento do espírito. Em outros, o contrário. Falta para nós a visão integrativa oriental.
No oriente, suas práticas espirituais e mesmo profanas buscam sempre o equilíbrio físico, mental, emocional e espiritual. Não se concebe uma coisa dissociada da outra. Além disso, a massagem ou o toque não tem a conotação pejorativa e sexualizada que tem no Ocidente. O ato de tocar, de massagear é visto com naturalidade no Oriente. Aqui vocês levam tudo para o campo da sexualidade, devido à própria formação cultural e sexual do homem ocidental. Aqui, ao mesmo tempo, onde a maioria das religiões cristãs trata o sexo como Tabu, vocês são bombardeados por propagandas e programas de TV que vivem da exploração de um erotismo desenfreado. O homem ocidental vive angustiado pelo medo do pecado, de um lado, e pelo erotismo exacerbado, de outro.
Sem segundas intenções, seria possível aplicar Reiki e fazer massagem ao mesmo tempo, principalmente, nos pés. Mas o atendente necessita ter um autocontrole, dominando seus instintos inferiores.
O único momento em que não se deve tocar no paciente é quando, o que é raro, ocorre uma “incorporação”. Se a sala é preparada para o trabalho e é protegida pela espiritualidade, raramente isso irá acontecer. Mas é preciso lembrar que se o paciente for um médium e estiver sob forte ação obsessiva, é necessário mandar energia sem tocar na pessoa e fazer muita prece para a espiritualidade adormecer e levar para esclarecimento aquele irmão obsessor.
Vocês devem sempre se lembrar que na hora do tratamento, seja com o Reiki ou com o passe, o momento não é para desenvolvimento mediúnico e nem para doutrinação.
Pergunta 27 - E por que alguns pacientes incorporam durante o Reiki?
Resposta – Esse processo deve ser evitado e nunca estimulado. Quando o local onde a sessão estiver acontecendo for protegido pela espiritualidade superior, esse risco é quase nulo. Se o paciente vem para a sessão acompanhado por irmãos desencarnados que necessitam de auxilio, estes são retirados e levados para esclarecimentos ou socorro na própria casa, em sua dimensão astral, ou em uma outra casa espiritualista, kardecista ou de umbanda, conforme o grau de compreensão do espírito.
Porém, quando o local não possui a proteção necessária ou quando a sessão é feita na casa do próprio enfermo e, principalmente, em locais de baixa vibração como bares, boates e locais similares, o risco de acontecer uma manifestação mediúnica é maior, obviamente, se o paciente for médium sem estudo.
É preciso esclarecer que, em alguns casos, o paciente pode possuir um obsessor que o acompanha por muitas encarnações. Eles se revezam continuamente. Ora um é o obsessor, ora o outro. E este ciclo de ódio pode se arrastar por muitas encarnações, enquanto não houver o perdão. Eles são tão unidos que se retirarmos o obsessor, o paciente pode até desencarnar. Nesse caso, ambos necessitam entrar juntos na sala. Não há como evitar a presença do obsessor durante a sessão. Daí a importância de um cuidado maior do atendente, elevando sempre o pensamento, procurando manter seu padrão vibratório elevado para facilitar o socorro a ambos.
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