Respiracao - conscientizacao

                                                                         A Força curativa da respiração - Marietta Till


Conscientização dos dois hemisférios cerebrais 
Sentado ou Deitado 

Concentramo-nos no cérebro que, por meio do corpo caloso, é dividido em duas metades. 

Estamos sentados, eretos, de olhos fechados, estabelecendo contato com o nosso cérebro, olhando alternadamente com o olho esquerdo para o hemisfério esquerdo do cérebro e, com o olho direito, para o hemisfério direito. Respiramos calma e ritmicamente, e olhamos, em seguida, internamente, com ambos os olhos, para o lugar entre os dois hemisférios, onde se encontra o corpo caloso. 

Essa localização é necessária para que se possa aprender a conduzir nossa consciência ao lugar certo, quando, então, começaremos o exercício propriamente dito. 

Inspiramos lentamente, ficando repletos de ar, e, em seguida, fazemos uma pequena pausa. Expirando, dirigimos o fluxo da consciência, como se fosse um holofote, para o hemisfério esquerdo do cérebro e olhamos, por assim dizer, para dentro. Tornamos a inspirar, fazemos uma pausa e, ao expirar, dirigimos o “holofote” para a metade direita do cérebro.  

Procuramos ter presente que: o lado esquerdo corresponde ao pensamento lógico e, o lado direito, ao sonho, à intuição e à inspiração (inspiração aqui não se refere ao ato da respiração, mas à idéia criativa. (N. T.).) Para sentir ainda melhor as duas metades do cérebro, podemos ampliar o exercício da seguinte maneira: 

lado esquerdo: inspirar, pausa; combinar a expiração com a projeção de um número. 

lado direito: inspirar, pausa; combinar a expiração com a projeção de uma letra. 

esquerdo: o número “1” direito: a letra “a” 
                      o número “2”                 a letra “b” 
                      o número “3”                 a letra “c” 

Podemos prosseguir com essa combinação de letras e de números durante o tempo que for agradável, assim como inverter a combinação ou estender o exercício até pares opostos, como, por exemplo, verão-inverno, preto-branco, etc. 

Efeito: melhoramento das funções cerebrais, aumento da criatividade; útil para canhotos e para pessoas que sofreram algum ataque apoplético.  

Imaginamos: “Estou desperto e sereno.”

A Respiração da Tranqüilidade Meditativa 
Sentado ou Deitado 

Este exercício, praticado nos conventos japoneses, promove a calma do nosso campo interior como contrapeso à agitação do ambiente. Deixamos que o corpo e o coração se aquietem, abrandamos a respiração, descontraímo-nos e fechamos suavemente os olhos. Os globos oculares voltam-se para a base do nariz. Deixamos então que as fases respiratórias se tornem cada vez mais leves e longas. Toda a sugestão se concentra no silêncio, na leveza, na suavidade e na inatividade, até sentirmos claramente como o corpo começa a vibrar suavemente. Sentimos, no baixo ventre, um calor que se estende até circula no as plantas dos pés e, finalmente, corpo inteiro. Nosso corpo se expande indefinidamente pelo quarto, pela cidade e para além, até parecer preencher todo o universo. Crescemos além de todos os limites. Experimentamos o silêncio completo.

Efeito: serenidade psíquica e bem-estar corporal; combate às perturbações do ritmo cardíaco e à insônia. 

Imaginamos: “Estou no aconchego do grande fluxo cósmico.”

A Respiração do Pentagrama Deitado

O pentagrama é um dos antigos símbolos do homem. Estamos deitados no chão; abrimos as pernas e estendemos os braços para os lados. Imaginamos que estamos encaixados num pentagrama cujos cinco ângulos são as pontas dos pés, as pontas dos dedos das mãos e o topo da cabeça. Deixamo-nos encher completamente pela inspiração, respirando para o interior desse símbolo do ser humano e, expirando, expandimo-nos juntamente com o pentagrama. A cada respiração, continuamos a crescer para todos os lados ate que, em forma de pentagrama, preenchemos todo o recinto e crescemos até mesmo para além dele. Finalmente, tornamo-nos tão grandes como um gigante. Mantemos essa postura expandida durante algum tempo e, em seguida, encolhemo-nos até o nosso tamanho normal. As pernas e os braços assumem a posição inicial. 

Efeito: ampliação da consciência, combate à pusilanimidade, à angústia e à falta de confiança em si próprio. 

Imaginamos: “Sou o pentagrama.” “Sou o círculo.”

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