A Força curativa da respiração - Marietta Till
1. Respiração Dividida e Completa
Deitado, para Sentir os Diversos Estados dos Pulmões
Vamos nos lembrar:
- primeiro, sempre expirar completamente (“dar deixa mais feliz do que receber”).
a) Respiração abdominal
Esta respiração serve para fortalecer a nossa base, coisa frequentemente negligenciada.
Colocamos ambas as mãos sobre o abdômen e, devagar, de modo consciente, enchemos a parte inferior dos pulmões. O abdômen se eleva, abaulando-se. Após termos inspirado, retemos um pouco o ar; em seguida, expiramos vagarosamente, deixando o abdômen se contrair.
Sempre, em todos os exercícios, deve-se tentar prolongar a respiração o máximo possível!
Ao expirar, dirigimos conscientemente a energia para todos os órgãos abdominais e para os pés, acalmando a circulação. A parte inferior do tecido pulmonar é a mais vigorosa.
Fazer o exercício de cinco a sete vezes.
b) Respiração torácica
Colocamos ambas as mãos sobre as costelas, com os polegares apontando para trás. Inspiramos, enchendo conscientemente a parte média dos pulmões e distendendo bem as costelas. Dessa forma, as costas também se alargam, e ficamos “redondos como um barril”. De pulmões cheios, fazemos uma pequena pausa e, depois, expirando, dirigimos conscientemente a energia para o coração e para os pulmões.
Fazer o exercício de cinco a sete vezes.
c) Respiração das extremidades dos pulmões
Colocamos os três dedos médios de ambas as mãos sobre a caixa torácica, debaixo das clavículas, onde sentimos uma pequena concavidade. Ali está a extremidade dos pulmões, atualmente muito negligenciada (má postura com o peito encolhido), embora sejam muito úteis à atividade cerebral. Agora — dentro do possível, sem muita participação do abdômen e do peito — enchemos lentamente a extremidade dos pulmões, indo ao encontro dos dedos, sem forçar, apenas até o ponto em que seja agradável. Ao expirar, imaginamos a tireóide e o cérebro, dirigindo-lhes a energia, ficando bem despertos. Fazer o exercício de cinco a sete vezes.
d) Respiração completa, normal
Juntamos as três fases respiratórias anteriores numa única inspiração e expiração. Começamos pelo abdômen, passamos para as costelas e, por fim, enchemos a extremidade dos pulmões. Tudo isso, portanto, corre de baixo para cima. Respiramos lenta e comodamente como em “câmara lenta” e, de pulmões cheios, retemos o alento.
Para começar, recomenda-se o seguinte ritmo: inspirar em cinco tempos, que correspondem aproximadamente à batida cardíaca; suspender o alento por três tempos; expirar em cinco tempos; suspender a respiração por três tempos.
Mas, por favor, não de maneira a incomodar; dentro em pouco, isso funcionará sem contagem, por pura sensação!
Neste exercício, podemos dirigir toda a energia assimilada conscientemente para todo o corpo, desde o vértice até a planta dos pés.
Fazer o exercício de cinco a sete vezes.
Efeito: aumento da vitalidade.
Imaginamos: “Em cada respiração, recolho energia.” “De momento a momento, sinto-me cada vez melhor.”