A Fisica e o espiritismo 14

                                                              Ditado por espíritos diversos - Recebido por P.A.Ferreira

O Universo virtual:

Dirac, em sua Teoria do Pósitron, mostrou que na teoria quântica não é mais possível considerar que a energia do elétron assuma apenas valores positivos. Um elétron com energia positiva maior que mc2 pode saltar para um estado de energia negativa menor que -mc2. Um elétron de energia negativa poderia constituir precisamente um pósitron, porém, como os pósitrons observados tem energia cinética positiva, Dirac considerou que no Universo tal qual o conhecemos, os estados de energia negativa fossem quase todos ocupados por elétrons, não mais acessíveis à nossa observação devido à sua distribuição uniforme em toda a extensão do espaço. Nestas condições, todo estado de energia negativa não ocupado seria observado como uma lacuna e estas lacunas constituiriam os pósitrons.

Oitava mensagem:

Hoje vamos iniciar o estudo da matéria virtual. Falaremos apenas dos átomos virtuais, matéria sutil que a Ciência considera como sendo energia. Esses átomos virtuais estão num nível de energia abaixo dos níveis que são percebidos no mundo material, numa outra dimensão ou, podemos dizer mais precisamente, na direção negativa da dimensão energia. No nível zero de energia, entre os dois universos, está o campo com seus dipolos elétricos formados de pares de partículas elementares e suas respectivas antipartículas, pares elétron-pósitron girando em torno um do outro, com massa total nula, pares de quark e antiquark e mésons. Dirac chegou perto do assunto quando descreveu um mar de elétrons virtuais. O espaço não contém apenas elétrons virtuais mas também elétrons livres e pares pósitron-elétron com energia nula. Nos níveis negativos de energia estão os átomos virtuais. Os pósitrons da camada externa dos átomos virtuais, os pósitrons livres e os pares pósitron-elétron são aqueles considerados por Dirac. 

Um fóton contendo um par pósitron-elétron poderá se dissociar num campo magnético intenso, gerando as curvas das câmaras de bolha. Um fóton poderá também colidir com um átomo virtual, transferindo-lhe energia positiva e fazendo saltar um pósitron para estados mais elevados da matéria visível. Um pósitron no universo material poderá se associar a um elétron pelo processo que descrevemos atrás, constituindo um par pósitron-elétron, ou ser absorvido num núcleo atômico, para onde é atraído, ou ainda decair para níveis negativos de energia. Quando pósitron e elétron se unem, formando pares, emitem fótons aparentando terem se aniquilado. A aniquilação entre os dois só ocorre em casos especiais de colisão com grande energia, como nos aceleradores de partículas, gerando outras partículas como dissemos acima. Em estado de alta energia os dois se unem formando um fluido de quarks e antiquarks em fusão, fluido esse que pode se rematerializar dando origem a quarks e antiquarks dissociados, bárions, mésons ou novamente a um par pósitron e elétron. 

A matéria virtual nada mais é que a antimatéria no universo paralelo virtual, com toda a gama de partículas atômicas e subatômicas, convivendo lado a lado com o universo material, interpenetrando-se como se fossem complementares, interagindo muito fracamente devido aos seus diferentes níveis quânticos correspondentes, sem nenhuma influência química considerável entre um e outro. Cosmológicamente falando, a matéria virtual é a matéria que a Ciência diz que estaria faltando no universo, porque ambos os planos contribuem com sua atração para deter a expansão do Universo.

Mas é claro que existem diferenças, devido aos níveis de energia diferentes. O espectro da luz emitida e absorvida pela matéria virtual está numa faixa não visível, podendo ser detectadas por alguns equipamentos, mas freqüentemente têm sido confundidas com a luz emitida pela matéria comum. Algumas radiações virtuais emitidas são simplesmente denominadas de radiação de fundo, como se estivessem livres no espaço, por falta de melhor explicação dentro das teorias existentes, que não levam em consideração o universo virtual. Alguns elementos químicos não existem no Universo virtual, mas existem outros que não têm correspondentes no mundo material, como também existem diferenças no número de neutrons de diversos isótopos. 

Nas regiões do universo predominantemente materiais, onde o campo virtual tem menor densidade, as órbitas externas dos átomos de matéria virtual são de diâmetro relativo menor que as órbitas K dos átomos materiais. Desta forma, seus átomos são menores e, mesmo em níveis positivos de energia, podem penetrar com facilidade a matéria. Num campo virtual de densidade pequena as distâncias interatômicas virtuais são maiores, tornando as substâncias relativamente rarefeitas, menos densas e mais maleáveis. A freqüência da luz visível em nosso mundo espiritual, está abaixo da faixa do ultravioleta. 

Quando um fóton se dissocia, poderá na verdade estar colidindo com um par pósitron/elétron de energia nula. A emissão expontânea de um pósitron, no universo material, pode resultar da absorção de fótons por átomos virtuais, com energia suficiente para fazer o pósitron saltar para os estados mais elevados de energia da matéria visível. O pósitron que tem massa negativa no universo virtual se apresenta com massa positiva no universo material, conforme o Princípio da Relatividade Virtual. Esse pósitron eventualmente interage com um elétron e, neste caso, a carga e a massa de sinais opostos de ambos contribuem para formar pares neutros de massa nula, com emissão de fótons, aparentando a aniquilação dos dois. É mais provável entretanto que o pósitron emita o fóton absorvido, decaindo de volta para níveis negativos de energia. 

Da mesma forma que um elétron no universo material, um pósitron em órbita no universo virtual, ao receber energia salta para órbitas externas. O nível zero de energia se situa entre as dimensões positivas e negativas de energia e não nas órbitas externas. No nível zero o pósitron ou o elétron podem receber ou emitir energia, determinando para qual universo decairão.

Campinas, 11/3/95. 

Resumo da Oitava Mensagem:

Como vemos aqui, ao contrário do conceito de Dirac, os pósitrons não são lacunas e existem elétrons e pósitrons nos dois universos. O universo material, por convenção, está em níveis positivos de energia enquanto que o universo virtual está em níveis negativos de energia. As partículas de antimatéria tem massa negativa e portanto energia negativa, porém, por convenção, no universo virtual são consideradas como tendo massa positiva. Entre os dois universos, e portanto comum aos dois, está o nível de energia zero, com o FCU e as partículas de matéria e de antimatéria em baixo nível de energia. Existem diferenças entre as propriedades das substâncias nos dois universos bem como na faixa de freqüência da luz visível em cada um.

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