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A Fisica e o espiritismo 14

                                                              Ditado por espíritos diversos - Recebido por P.A.Ferreira

O Universo virtual:

Dirac, em sua Teoria do Pósitron, mostrou que na teoria quântica não é mais possível considerar que a energia do elétron assuma apenas valores positivos. Um elétron com energia positiva maior que mc2 pode saltar para um estado de energia negativa menor que -mc2. Um elétron de energia negativa poderia constituir precisamente um pósitron, porém, como os pósitrons observados tem energia cinética positiva, Dirac considerou que no Universo tal qual o conhecemos, os estados de energia negativa fossem quase todos ocupados por elétrons, não mais acessíveis à nossa observação devido à sua distribuição uniforme em toda a extensão do espaço. Nestas condições, todo estado de energia negativa não ocupado seria observado como uma lacuna e estas lacunas constituiriam os pósitrons.

Oitava mensagem:

Hoje vamos iniciar o estudo da matéria virtual. Falaremos apenas dos átomos virtuais, matéria sutil que a Ciência considera como sendo energia. Esses átomos virtuais estão num nível de energia abaixo dos níveis que são percebidos no mundo material, numa outra dimensão ou, podemos dizer mais precisamente, na direção negativa da dimensão energia. No nível zero de energia, entre os dois universos, está o campo com seus dipolos elétricos formados de pares de partículas elementares e suas respectivas antipartículas, pares elétron-pósitron girando em torno um do outro, com massa total nula, pares de quark e antiquark e mésons. Dirac chegou perto do assunto quando descreveu um mar de elétrons virtuais. O espaço não contém apenas elétrons virtuais mas também elétrons livres e pares pósitron-elétron com energia nula. Nos níveis negativos de energia estão os átomos virtuais. Os pósitrons da camada externa dos átomos virtuais, os pósitrons livres e os pares pósitron-elétron são aqueles considerados por Dirac. 

Um fóton contendo um par pósitron-elétron poderá se dissociar num campo magnético intenso, gerando as curvas das câmaras de bolha. Um fóton poderá também colidir com um átomo virtual, transferindo-lhe energia positiva e fazendo saltar um pósitron para estados mais elevados da matéria visível. Um pósitron no universo material poderá se associar a um elétron pelo processo que descrevemos atrás, constituindo um par pósitron-elétron, ou ser absorvido num núcleo atômico, para onde é atraído, ou ainda decair para níveis negativos de energia. Quando pósitron e elétron se unem, formando pares, emitem fótons aparentando terem se aniquilado. A aniquilação entre os dois só ocorre em casos especiais de colisão com grande energia, como nos aceleradores de partículas, gerando outras partículas como dissemos acima. Em estado de alta energia os dois se unem formando um fluido de quarks e antiquarks em fusão, fluido esse que pode se rematerializar dando origem a quarks e antiquarks dissociados, bárions, mésons ou novamente a um par pósitron e elétron. 

A matéria virtual nada mais é que a antimatéria no universo paralelo virtual, com toda a gama de partículas atômicas e subatômicas, convivendo lado a lado com o universo material, interpenetrando-se como se fossem complementares, interagindo muito fracamente devido aos seus diferentes níveis quânticos correspondentes, sem nenhuma influência química considerável entre um e outro. Cosmológicamente falando, a matéria virtual é a matéria que a Ciência diz que estaria faltando no universo, porque ambos os planos contribuem com sua atração para deter a expansão do Universo.

Mas é claro que existem diferenças, devido aos níveis de energia diferentes. O espectro da luz emitida e absorvida pela matéria virtual está numa faixa não visível, podendo ser detectadas por alguns equipamentos, mas freqüentemente têm sido confundidas com a luz emitida pela matéria comum. Algumas radiações virtuais emitidas são simplesmente denominadas de radiação de fundo, como se estivessem livres no espaço, por falta de melhor explicação dentro das teorias existentes, que não levam em consideração o universo virtual. Alguns elementos químicos não existem no Universo virtual, mas existem outros que não têm correspondentes no mundo material, como também existem diferenças no número de neutrons de diversos isótopos. 

Nas regiões do universo predominantemente materiais, onde o campo virtual tem menor densidade, as órbitas externas dos átomos de matéria virtual são de diâmetro relativo menor que as órbitas K dos átomos materiais. Desta forma, seus átomos são menores e, mesmo em níveis positivos de energia, podem penetrar com facilidade a matéria. Num campo virtual de densidade pequena as distâncias interatômicas virtuais são maiores, tornando as substâncias relativamente rarefeitas, menos densas e mais maleáveis. A freqüência da luz visível em nosso mundo espiritual, está abaixo da faixa do ultravioleta. 

Quando um fóton se dissocia, poderá na verdade estar colidindo com um par pósitron/elétron de energia nula. A emissão expontânea de um pósitron, no universo material, pode resultar da absorção de fótons por átomos virtuais, com energia suficiente para fazer o pósitron saltar para os estados mais elevados de energia da matéria visível. O pósitron que tem massa negativa no universo virtual se apresenta com massa positiva no universo material, conforme o Princípio da Relatividade Virtual. Esse pósitron eventualmente interage com um elétron e, neste caso, a carga e a massa de sinais opostos de ambos contribuem para formar pares neutros de massa nula, com emissão de fótons, aparentando a aniquilação dos dois. É mais provável entretanto que o pósitron emita o fóton absorvido, decaindo de volta para níveis negativos de energia. 

Da mesma forma que um elétron no universo material, um pósitron em órbita no universo virtual, ao receber energia salta para órbitas externas. O nível zero de energia se situa entre as dimensões positivas e negativas de energia e não nas órbitas externas. No nível zero o pósitron ou o elétron podem receber ou emitir energia, determinando para qual universo decairão.

Campinas, 11/3/95. 

Resumo da Oitava Mensagem:

Como vemos aqui, ao contrário do conceito de Dirac, os pósitrons não são lacunas e existem elétrons e pósitrons nos dois universos. O universo material, por convenção, está em níveis positivos de energia enquanto que o universo virtual está em níveis negativos de energia. As partículas de antimatéria tem massa negativa e portanto energia negativa, porém, por convenção, no universo virtual são consideradas como tendo massa positiva. Entre os dois universos, e portanto comum aos dois, está o nível de energia zero, com o FCU e as partículas de matéria e de antimatéria em baixo nível de energia. Existem diferenças entre as propriedades das substâncias nos dois universos bem como na faixa de freqüência da luz visível em cada um.

A Fisica e o espiritismo 15

                                                           
Ditado por espíritos diversos - Recebido por P.A.Ferreira

O Fluido Cósmico Universal (FCU):

Após a Teoria da Relatividade Especial que considera o tempo como mais uma coordenada, equivalente ao espaço, o Universo passou a ser descrito como um contínuo quadridimensional espaço-tempo. O efeito túnel foi então descrito como uma passagem pela dimensão tempo neste espaço quadridimensional. Isto deu vazão a muitas histórias de ficção com viagens pelo tempo, para o passado e para o futuro, levantando muitos paradoxos. Devido à impossibilidade de reproduzir de forma controlada em laboratório os fenômenos espiritas, já que obviamente os Espíritos sendo seres inteligentes, com sua própria vontade, não se sujeitariam a isto, a Ciência preferiu ignorar a existência desses fenômenos, preferindo estudar aquilo que era possível de ser repetidamente confirmado por toda a comunidade científica. Assim, o pouco que foi feito em termos científicos, não se tratando de fenômenos parapsicológicos, só pode ser encontrado na literatura espírita; a explicação encontrada não difere muito do conteúdo deste livro e por ser extensa não a repetiremos aqui. Vamos então à nona mensagem que traz sutilezas adicionais sobre o assunto. 

Nona Mensagem

Um espírito pode estar no plano da mente, no plano espiritual ou, quando mais densificado por adição de partículas do campo, no plano material, ou ainda encarnado num corpo material. Cada uma destas situações representam um grau de profundidade no campo da energia. Haveriam em princípio três regiões: a material, a espiritual e a mental e entre as duas primeiras uma interpenetração dos dois planos que chamaremos de "região de coexistência". Da mesma forma existe uma transição entre os planos espiritual e mental. Poderíamos esquematizá-las como regiões concêntricas, com o plano mental no centro seguido do plano espiritual e do plano material na periferia. Neste esquema mostrado na figura 1, podemos simbolizar melhor o transporte de matéria de forma quase instantânea entre dois pontos distantes A e B, quando é feito passando pelo campo mental:


No gráfico acima o raio dos círculos seria a dimensão adicional que podemos chamar de quinta dimensão, que é a dimensão da energia, que teria o nível zero na interface entre os planos material e espiritual, ficando a energia negativa nos planos espiritual e mental. Se convencionássemos colocar a origem da energia no centro, todas as regiões teriam energia positiva diferindo apenas pelo nível. A curvatura do espaço é denominada agora de curvatura do qüindimensional espaço-tempo-energia quantizado. 

A luz conhecida no mundo material, em seu aspecto ondulatório, pode ser entendida como flutuação na densidade da energia positiva, a luz do plano espiritual como flutuação da densidade da energia negativa e a luz do plano mental como flutuações do campo mental. Cada uma destas três formas de luz podem ser percebidas nos outros planos. A luz do plano espiritual é a responsável pela formação da aura nos corpos materiais e a luz do plano mental é sentida como a luz do Amor espiritual.

O campo de energia, ou simplesmente FCU, no nível zero de energia, entre os dois universos, é constituído pelos diversos tipos de partículas elementares e suas antipartículas, positivas e negativas, embora com densidades locais diferentes. Essas partículas elementares e suas respectivas antipartículas formam os dipolos elétricos. Além disto pares elétron-pósitron girando em torno um do outro, com massa total nula, pares de quark e antiquark e mésons também entram na constityuição do FCU. Para níveis de energia mais positiva o campo vai tendo cada vez mais excesso de partículas elemenmtares h+ e pares de partículas materiais livres. Da mesma forma quanto mais negativo o nível de energia mais excesso de partículas h- e antipartículas virtuais são encontradas no campo. Uma antipartícula só é virtual se possuir energia negativa. Uma antipartícula com energia positiva encontra-se no mundo material. 

No espírito encarnado as energias positivas e negativas estão mais intimamente ligadas, embora cada uma em seu plano, graças à natureza do fluido vital que nada mais é que o FCU dotado de características especiais de vibração coerente, induzida no íntimo da estrutura celular. O perispírito adquire então estrutura semelhante à do corpo material e possui órgãos sensoriais correspondentes, permitindo-lhe a percepção da luz espiritual em seu cérebro perispiritual. Por meio de treinamento adequado é possível intensificar a comunicação entre os dois cérebros de modo a desenvolver os diversos tipos de mediunidade. Isso exige uma alta capacidade de abstração das sensações materiais, obtida com o auxílio da meditação, de modo a se poder sentir a sutil comunicação interior.

Como a região central é o plano mental podemos nos referir às três formas de energia também pelo nome de consciência que teria assim os três planos já conhecidos: consciência objetiva (a do plano material), subconsciência ou inconsciente coletivo (a do plano espiritual) e consciência cósmica (a do plano mental). Os transportes de matéria por efeito túnel não são uma viagem pelo tempo como se diz na ficção de hoje, na verdade são uma viagem através da consciência ou energia. Obviamente existe diferença entre consciência e energia. Podemos dizer que a consciência é um processo dinâmico de transferências de energias, que implica na existência de um organismo capaz de realizar essas transferências, embora no plano mental não haja necessidade desse organismo pois o próprio holograma já constitui por si mesmo um sistema organizado autoconsciente, ou onisciente. Deve ser notado entretanto que os níveis de consciência correspondem a diferentes níveis ou estados de energia. Esta é a razão da meditação, onde aquietamos nosso cérebro material que funciona em nível elevado de energia embaraçando a observação do funcionamento do cérebro perispiritual. 

Campinas, 9/4/95.

Resumo da Nona Mensagem:

O Universo é descrito pelos Espíritos como um qüindimensional espaço-tempo-energia quantizado, pois que não só a energia, como também o espaço e o tempo, são discretos. O efeito túnel é descrito como uma passagem pela dimensão da energia, portanto sem os inevitáveis paradoxos da viagem pelo tempo. O campo de energia, ou simplesmente FCU, no nível zero de energia, entre os dois universos, é constituído pelos diversos tipos de partículas elementares e suas antipartículas, positivas e negativas, com densidades locais diferentes. Essas partículas elementares e suas respectivas antipartículas formam os dipolos elétricos. Além disto pares elétron-pósitron girando em torno um do outro, com massa total nula, pares de quark e antiquark e mésons também entram na constituição do FCU.

A Fisica e o espiritismo 16

                                                              Ditado por espíritos diversos - Recebido por P.A.Ferreira

E N E R G I A:

No fim do século XIX foi descoberto o efeito fotoelétrico onde uma superfície de metal iluminada por luz de freqüência suficientemente alta (luz ultravioleta) emite elétrons. A distribuição de energia dos fotoelétrons emitidos independe da intensidade da luz. Uma luz intensa produz mais elétrons, mas a energia média do elétron é a mesma sempre que a freqüência for a mesma. Pela teoria ondulatória o fenômeno não pode ser explicado porque a produção de elétrons é instantânea, e seria necessário cerca de um ano para que o elétron acumulasse a energia necessária para saltar. Igualmente estranho do ponto de vista da teoria ondulatória é a energia do elétron depender da freqüência da luz incidente. Abaixo de certa freqüência crítica, característica para cada metal em particular, os elétrons não são emitidos. 

Em 1905 Einstein publicou um trabalho mostrando que o efeito poderia ser entendido se fosse adotada a solução que Planck usara, cinco anos antes, para derivar o espectro da radiação emitida por corpos negros. Segundo Planck, a radiação era emitida descontinuamente em pequenos pacotes de energia denominados quanta. Os quanta associados a uma freqüência particular da luz emitida possuem todos a mesma energia sendo essa energia E diretamente proporcional a  v , isto é, 


E = hv  

onde h é a Constante de Planck. Planck então não duvidava que embora a energia fosse irradiada por pulsos ela devia se propagar na forma de ondas eletromagnéticas. Einstein propôs que a luz não só fosse emitida como um quantum, mas também que se propagava como quanta individuais. Explicou então o efeito fotoelétrico com a fórmula empírica: 


E = hv - h vo 

onde E é a energia máxima do fotoelétron e h vo a energia mínima necessária para desalojar um elétron da superfície metálica que está sendo iluminada, sendo o a freqüência mínima associada correspondente. Os fotoelétrons não possuem todos a mesma energia porque seria necessário mais trabalho para arrancar os elétrons que se situam mais abaixo da camada superficial. 

É curioso observar que a teoria quântica, que aborda a luz como um estrito fenômeno corpuscular, coloca explicitamente a freqüência que é estritamente um conceito ondulaório. A posição da Física hoje é que a teoria ondulatória da luz e a teoria quântica da luz se complementam entre si. A verdadeira natureza da luz deixou assim de ser significativa.

Décima Mensagem:

Continuando nossa descrição do FCU podemos dizer que é formado pelas diversas partículas elementares dando origem aos diversos campos. Em especial, as partículas h+ e h- podem se unir em pares formando o campo eletromagnético. Quando n destas partículas estão agrupadas formando um pacote são denominadas de quantum sendo sua energia proporcional à quantidade dessas partículas elementares. A energia de um quantum é dada por: 


h = n h+ 

quando falamosde campo de energia positiva, e 


h = n h-

quando se trata de campo de energia negativa. 

Porém o que se considera normalmente como energia é aquela referente ao campo eletromagnético, formado por pares h±. Neste caso a energia do quantum será dada por 


h = n h±, 

onde h± é a energia de cada par e h é a Constante de Planck. 

Em média existem n pares de partículas de FCU por comprimento de onda, e como n depende da densidade do campo a Constante de Planck passa a ser uma constante local. Teremos assim que, para um dado local, a energia transferida por segundo por um feixe de ondas de freqüência v será de 


E = hv = n h±v . 

Se considerarmos que a lei E = mc² esteja correta, teremos também dois sinais para a massa, m+ e m- . A massa m- seria a da antimatéria e a lei da energia seria dada por: 


E = +- mc² .

Não há então necessidade de conceituar a antimatéria como sendo matéria viajando para traz no tempo. Tudo se passa como se existissem dois campos, um de energia positiva e outro de energia negativa, interpenetrando-se, porém sem interferir um no outro. A matéria interage com a matéria através o campo material e a antimatéria interage com a antimatéria através o campo antimaterial. No nível zero seria os campos material e antimaterial estão unidos, ou seja, as partículas h+ e h- estão unidas formando pares. Aliás estes pares estão presentes também próximo às partículas com carga elétrica, dando origem à renormalização considerada pela Física. 

No quantum temos n pares de partículas h± com uma dada quantidade de movimento que só depende da freqüência . Daí segue que numa interação com a matéria a energia dos fótons só depende da freqüência enquanto a amplitude depende da quantidade de fótons. Sendo o elétron pontual, são as partículas h± que colidem com ele e não o quantum como um todo rígido. Se o momento da partícula h+ for pequeno (freqüênciao) o elétron não salta. Se o valor do momento da partícula h que colide não for o valor máximo, a energia do elétron não será a máxima para aquela freqüência. 

Campinas, 16/4/95. 

Resumo da Décima Mensagem:

Esta lição nos diz que a Constante de Planck não é universal mas um valor local que depende da densidade do campo ou da quantidade de partículas por comprimento de onda. Mostrou-nos também que a energia equivalente de uma massa negativa também é negativa. O efeito fotoelétrico é explicado a nível de partículas elementares.

A Fisica e o espiritismo 17


                                                             
Ditado por espíritos diversos - Recebido por P.A.Ferreira

A LUZ VIRTUAL:

Conforme vimos no capítulo anterior a hipótese de que a onda se propaga como uma série de quanta foi usada para explicar o efeito fotoelétrico. Entretanto a teoria ondulatória é uma das teorias físicas mais firmemente estabelecidas, constituindo o único meio de explicar a difração e a interferência. A situação aqui é diferente daquela em que temos a mecânica relativística e a mecânica newtoniana, onde esta é uma aproximação da primeira. Um feixe de luz pode ser refratado por um retículo e depois causar a emissão de elétrons numa superfície metálica, porém não simultâneamente. Mas podemos notar que, quando a luz se propaga se comporta como onda e na interação íntima com a matéria se comporta como partícula. 

Décima primeira Mensagem:

Vamos estudar agora as ondas de luz nos dois universos. A luz também é um pouco mais complexa do que se entende atualmente na ciência material. Além da luz considerada como fenômeno eletromagnético e da luz na forma de corpúsculos (quanta), existe também luz nos campos de energia positiva e de energia negativa. 

Considerada como fenômeno eletromagnético ela se propaga no éter, ou campo eletromagnético, que nada mais é do que o conjunto de pares (h+ h-) no nível zero de energia. Esta é a luz conhecida pela ciência material e que pode ser percebida nos dois universos. 

A luz manifestada como corpúsculo nada mais é do que um caso especial de onda ainda não considerada pela ciência, onde estão superpostas duas ondas longitudinais: 

- a virtual, que se propaga no campo da energia negativa, que é o conjunto das partículas h-, e 

- a material que se propaga no campo da energia positiva que é o conjunto das partículas h+. 

Entretanto esta forma de propagação pode facilmente se transformar na onda transversal e a transversal na longitudinal, dependendo das condições do meio onde se propagam. A dualidade partícula-onda se reduz assim à mudança entre um e outro tipo de onda luminosa. 

Mas existem regiões do universo onde encontramos apenas matéria pura (buracos negros) ou antimatéria pura (buracos brancos) sendo que aí só ocorre o campo material ou o campo virtual, respectivamente. Nestas regiões temos a luz material pura e a luz virtual pura, não havendo campo eletromagnético, sendo assim ambas longitudinais. 

No caso das ondas eletromagnéticas transversais temos as duas componentes de campo, a elétrica e a magnética em planos perpendiculares, sendo as pertubações transversais à direção de propagação da onda. No ponto onde a componente elétrica se anula temos um máximo na componente magnética, como já entendido pela Física Clássica. Em um campo magnético intenso o suficiente, os dois tipos de partículas elementares se separam dando origem a um elétron, formado por h- e a um pósitron formado por h+. A separação ocorre quando o campo magnético em cada onda é máximo, com campo magnético de mesma polaridade de modo que o elétron e o pósitron formados possuem momentos magnéticos idênticos. 

No caso dos quanta de luz temos uma energia


 E = n h±v  

concentrada na meia onda superior sendo a energia da meia onda inferior aproximadamente nula. 

No caso da onda virtual pura a energia é dada por 


E = n h-v . 

e para a onda material pura a energia é 


E = n h+v . 

Campinas, 23 / 4 / 95.

Resumo da Décima primeira Mensagem:

Aqui os espíritos nos ensinam que a luz pode se propagar de várias formas, mas sempre como onda e que na interação com a matéria como, por exemplo, quando entra nos orbitais atômicos, ela muda para uma onda longitudinal onde as cristas podem ser assemelhadas a corpúsculos. Da mesma forma ao ser emitida energia num orbital teremos uma onda longitudinal que se transforma em onda transversal quando se propaga no espaço.

A Fisica e o espiritismo 18

                                                             
Ditado por espíritos diversos - Recebido por P.A.Ferreira

A  M A S S A:

A teoria da Relatividade Restrita deduziu a variação da massa com a velocidade, porém é necessário compreender em que circunstâncias isto é verdadeiro. Consideremos um observador e um corpo de massa m'o em repouso em relação a um sistema S' de coordenadas (x', y', z', t' ), e consideremos ainda um observador e outro corpo de massa mo em repouso em relação a outro sistema de coordenadas S (x, y, z, t). O sistema S' está dotado de velocidade uniforme v em relação ao sistema S. Neste caso valem as transformações de Lorentz para passar de um sistema de coordenadas para o outro. 

Para cada observador a massa do outro sistema é vista como uma massa maior do que se estivesse em repouso relativo a este observador. Portanto, 


m = m'o / (1-v²/c²)1/2 para um observador no Sistema S 




m' = mo/ (1-v²/c²)1/2 para um observador no Sistema S'. 

Se as massas em repouso forem iguais para os dois observadores, m'o = mo, a massa vista do outro sistema serão iguais para os dois, m' = m, mas de um valor simultaneamente maior que a massa que está em repouso em cada sistema (aqui podemos falar de simultaneidade porque não se trata de eventos). Esse valor maior é a massa aparente que cada um mediria ao observar a massa do outro sistema em movimento relativo. Já a fórmula de equivalência de massa e energia, E = Mc², representa um aumento real de massa M sofrido por um corpo que absorveu uma energia E. 

Décima segunda Mensagem:

A força entre as partículas do campo ainda é desconhecida da Ciência. Mas é a responsável pela existência da massa e indiretamente pela gravidade. A compreensão completa do conceito de massa só será possível depois que a Ciência desenvolver uma teoria da estrutura da matéria baseada no holograma. A massa será então entendida como a transformada de uma propriedade do holograma.

O valor da massa, como vimos, depende do tipo de quark, m ou l, na partícula atômica e o sinal da massa depende do sinal das partículas elementares do campo. Uma massa grande significa que a partícula está mais ligada ao campo, tem mais inércia, sendo os quarks m e m os responsáveis por essa força. Uma massa pequena, como a do elétron, está associada aos quarks l e l. Estas duas famílias de quarks são também formados por partículas elementares às quais estão associados o campo gravitacional e o campo, ainda não bem conhecido, da força fraca. A interação das partículas elementares l e l com as partículas h e m, são fracas em comparação com a interação das partículas m e m, entre si e entre as partículas h+ e h-. A equivalência entre massa e energia pode ser aqui ampliada se considerarmos que as partículas elementares h+ e h- estão relacionadas com a constante h pela quantidade n de pares destas partículas por ciclo de onda: 


h = n h ± . 

As partículas elementares por si só não possuem massa mas, quando passam a fazer parte de uma partícula atômica, como no aumento de energia da partícula, elas contribuem para a renormalização e para o aumento de massa devido aos quarks m ou l do campo que serão absorvidos para compensar o aumento de pares h ±. Não estamos falando da massa aparente da Teoria da Relatividade mas sim de um real aumento de massa. A massa aparente depende do movimento do observador e o que estamos nos referindo aqui é ao aumento de massa relativamente ao campo, considerado como em repouso relativo local. As partículas e o campo, quando em movimento relativo acelerado, estão constantemente trocando partículas elementares. Esta troca já foi observada como jatos em colisões de partículas de alta energia. 

Para uma dada freqüência , com energia do fóton E = n h ±v temos um acréscimo de massa equivalente dado por E= ±delta M c². Note-se que não mencionamos aqui massa de repouso do fóton por não fazer sentido. A energia adicionada aparecerá, como dissemos acima, como um acréscimo de massa na partícula atômica. Substituindo, vemos que o acréscimo de massa deltaM é dado por:  


deltaM = n h ±v / c² .

Consideremos agora a desintegração de um múon:


(mi) +    => e+  +v +v + m m  


(mi)-  =>  e- +v +v + m m 

o méson tem 207me e gera um elétron e neutrinos sem massa além de mésons (m m) ainda não detectados que voltam para o campo levando consigo a diferença de massa. Da mesma forma : 


 (pi)+  =>  (mi)+  +v+ m m 


 (pi)-   =>  (mi)- + v + m m 

Múons e píons são elétrons com grandes acréscimos de quarks (m m). As partículas atômicas com alta energia também usam esse mecanismo para armazenar energia. A maior parte dos mésons que se desintegram em elétrons liberam inúmeros pares m m e h+h- em frações muito pequenas para serem detectadas, já que possuem carga e massa nula. Estes pares se incorporam ao campo ou dão origem à renormalização da Física. 

A massa negativa do elétron, como já vimos, é interpretada como massa positiva. Sua energia, de fato, é positiva, pela absorção de fótons materiais que se tornam em pares h ± da renormalização. 

Na levitação da matéria juntamos partículas m embaixo dos corpos, e partículas m em cima, anulando assim o efeito gravitacional, ou a massa do corpo em relação ao campo material, isolando as partículas m da matéria do campo m do mesmo tipo. As partículas m parecem não ter existência no mundo material podendo ser interpretadas como buracos, dando a interpretação análoga de flutuação ou empuxo com relação ao campo gravitacional. O campo gravitacional é menos denso de m e mais denso de m na direção do centro da Terra. O empuxo assim é em relação à densidade do campo gravitacional material. 

Campinas, 1º de Maio de 1995. 

Resumo da Décima primeira Mensagem:

Conforme vimos foi feita uma distinção entre o aumento de massa aparente e o aumento de massa por acréscimo de energia, este último se dando por absorção de pares h ± e de partículas elementares m ou l do campo. A grande diferença entre a massa dos prótons e neutrons e a dos elétrons se deve à presença dos quarks m nos prótons e neutrons e dos quarks l nos elétrons e à força com que esses quarks são atuados pelas partículas elementares m e l do campo. Da mesma forma os mésons apresentam maior massa que os elétrons devido aos pares de quarks e antiquarks m no méson. Infelizmente não foi possível anotar nenhuma relação entre a energia (ou pares h ±) e a quantidade de partículas m absorvidas do campo. 

Por outro lado deve ser notada uma diferença fundamental entre os conceitos de massa negativa descritos até agora pela Ciência e os conceitos no presente livro. Na teoria por nós apresentada não se faz distinção entre massa inercial, massa gravitacional e massa energia. Todo corpo tem apenas uma massa que é atuada pelo campo, num sentido ou no outro. Se um corpo de massa m1 está próximo de um grande corpo de massa m2 sofrerá a ação do seu campo gravitacional e do seu campo antigravitacional. Se a massa m1 for positiva e a massa m2 for material a aceleração de m1 será no sentido do corpo. Se a massa m1 for negativa a aceleração será no sentido oposto. Não há como considerar que a 'força' gravitacional, em uma massa m1 negativa, será invertida empurrando-a para longe, mas que devido à massa inercial negativa o corpo acelerará no sentido oposto aproximando-se. A massa m1 ser negativa significa apenas que m1 será repelida pelo campo e, portanto, se afastará da massa m2

Existe também uma diferença fundamental entre o campo eletromagnético e o gravitacional. A atração ou repulsão entre cargas elétricas é realizada através o campo e atua sobre a partícula que acelerará em uma ou outra direção conforme sua massa seja positiva ou negativa. O campo gravitacional tem seu anticampo e uma massa será positiva se tiver o mesmo sinal do campo. Assim, uma massa negativa no campo gravitacional será positiva no campo antigravitacional, ou seja, a massa é relativa ao campo gravitacional. 

Em um campo sem gradiente de densidade, se a massa for positiva haverá uma interação com o campo durante a aceleração que limitará a ação da força aplicada de modo que para acelerar mais será preciso aplicar uma 'força' maior; se não houver um campo atuando, uma massa positiva em movimento uniforme tenderá a continuar com a mesma velocidade porque a massa só se faz sentir quando há uma aceleração. 

Uma massa negativa isolada também se manterá em movimento uniforme em um campo sem gradiente. Mas se tentarmos acelerá-la em uma certa direção, e isto é feito sempre através o campo, a massa acelerará na direção oposta porque esta é sua propriedade postulada, não havendo como tentar explicar o porque disso até que entendamos realmente o que é a massa. Em um campo gravitacional a aceleração adquirida por uma massa negativa será sempre no sentido da menor densidade do campo. Note-se ainda que não há necessidade de falar em termos de força, mas apenas em aceleração e se escolhermos um sistema de coordenadas cuvilíneas adequadas poderemos dizer que a massa está em movimento uniforme nesse sistema, conforme ditado pelo Princípio de Equivalência da Relatividade Geral.

A Fisica e o espiritismo 19

                                                        
Ditado por espíritos diversos - Recebido por P.A.Ferreira

Vimos a massa está em parte relacionada com a quantidade de energia e esta com a quantidade de partículas h. Porém isto só não explicaria tudo. O fóton pode ter a mesma quantidade de energia que um pósitron e um elétron, entretanto tem massa nula. O neutron tem carga nula e massa maior que o próton. O próton tem mesma carga elétrica do pósitron e do elétron e massa muito maior. Notamos portanto que o que importa na massa não é a carga elétrica mas a presença de partículas do campo de massa, material e virtual que podem compensar uma à outra. Em um neutron a massa é grande porque tem muito maior quantidade de quarks m que de quarks l. Em um elétron ocorre o oposto, existe apenas quarks l, consequentemente dando-lhe uma massa negativa. 

Vimos também que em um campo magnético intenso, somando-se às forças que tendem a separar as partículas h+ e h-, há a força magnética em sentidos opostos para cada uma destas partículas elementares, causando a dissociação de um fóton em pósitrons e elétrons. 

Vimos que as partículas do campo, de mesmo sinal, se atraem pela nova lei dos semelhantes. 

A renormalização adquiriu novo significado. 

A inércia aqui é uma medida da resistência à modificação do movimento (aceleração), devido à atração do campo, não havendo resistência à velocidade num campo sem gradientes. 

O movimento no universo se deve à perseguição da matéria pela antimatéria e vice-versa no universo virtual. 

O campo com gradiente representa um aumento na densidade de partículas em uma dada direção e, consequentemente, atração nessa direção. A gravitação advém naturalmente como atração dos corpos pelo campo de massa, conforme a lei dos semelhantes. Logicamente partículas com sinais opostos ao campo seriam repelidos (levitação). A levitação tem seu fundamento na massa negativa e a gravitação e o eletromagnetismo podem ser agora unificados. E se o campo contiver os dois sinais essa ação de atração e repulsão poderá ser reforçada ou cancelada conforme a direção dos dois gradientes.  

A mensagem mais recente:

Ficamos felizes por você ter compreendido tão bem as lições. Isto se deveu ao fato de sua mente não estar presa aos conceitos tradicionais mas ter procurado sempre novas explicações que, como esta, fugissem completamente dos conceitos instituídos. Isso faz a verdadeira Ciência e é necessário grande dose de humildade para ter essa liberdade de compreensão. Você não o teria conseguido sozinho mas outros teriam falhado desde o começo por acharem absurdos os conceitos apresentados, sem coerência e até contraditórios. Pela sua persistência e fé no que estava fazendo, acreditando que de fato um curso proveniente do plano espiritual lhe estava sendo ministrado, você faz jus à autoria deste trabalho de recepção das presentes lições. Não se acanhe portanto em publicá-las após uma revisão cuidadosa para eliminar os erros iniciais devidos à novidade do assunto. Não se preocupe também com a liberação desses conhecimentos, pois se o fizemos é porque nossos superiores acharam ser este o momento adequado de apresentá-los à humanidade. Não se iluda, pois este trabalho será motivo de mofa e ridículo, e anos se passarão antes que seja reconhecido como um guia epistemológico para a Ciência futura. 

Apresse-se em fazê-lo pois o progresso se faz necessário para o enfrentamento dos tempos difíceis que virão para a humanidade. Estes conhecimentos serão de grande utilidade para a perpetuação da espécie humana no planeta no futuro. Haverão tentativas de utilizá-los para o mal, mas estaremos atentos para o fato, e a aceitação e comprovação da vida espiritual que advirá deste compartilhamento de conhecimentos no campo científico compensarão todo o mal que poderia ser causado pelas forças que tentam atrasar o desenvolvimento material, moral e espiritual da humanidade, aproximando definitivamente a ciência da religião. 

Que a Paz e o Amor Divino estejam com todos na Terra pelos espíritos de 

Sir Macklay 
Raphael 
Emanuel 
Alexandre 

Rio, 7 de Maio de 1995.

O reiki segundo o espiritismo 01


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Adilson Marques


"Para trás, todos vós negadores do progresso, para trás, com as vossas crenças de uma outra época. Por que negais o progresso e quereis entravá-lo? É que, querendo vencer, vencer ainda e sempre, condensastes o vosso pensamento em artigo de fé, dizendo à Humanidade: “serás sempre criança, e nós, que temos a iluminação do alto, estamos destinados a te conduzir”. (Mensagem de um espírito publicada em Obras Póstumas, de Allan Kardec, p. 307) 

Interpreto a mensagem acima como um sinal de que a espiritualidade não é monopólio de nenhuma religião e nem mesmo de caminhos espirituais codificados, como é o próprio Espiritismo. O sentido profundo dos valores espirituais encontra-se sempre em uma dimensão pessoal e intransferível. As doutrinas embaçam nossa experiência única com Deus e, muitas vezes, até a impede. Elas servem para preparar o neófito para o grande mergulho na realidade suprema e inefável de um Deus vivo, acolhedor e misericordioso, mas elas não são ainda a experiência numinosa. 

Gradativamente, o que, a princípio, era para ser um caminho científico para auxiliar na renovação moral da humanidade, um caminho para a destruição filosófica do materialismo através da comprovação empírica da vida após a morte e da comunicabilidade natural com os “mortos”, o “espiritismo” virou, no Brasil, mais uma religião preocupada com doutrinação (catequese) e proselitismo. Esqueceu-se que o lema de Kardec era “fora da caridade não há salvação” e se criou um novo: “fora do espiritismo não há salvação”.

Em nossa modesta opinião, o Deus misericordioso de Jesus abençoa todos os caminhos que desejam a regeneração da Terra e a purificação do espírito eterno. E não me parece que o desejo de Kardec fosse que se desmanchasse no ar sua racionalidade e o seu bom senso, para que, em seu nome, se praticasse o preconceito e o fanatismo religioso. 

Felizmente, e graças a Deus, o Espiritismo está nas Leis da natureza, e ele é muito mais amplo e complexo que o kardecismo. Talvez este seja o movimento dominante no seio do Espiritismo brasileiro, o que nos leva a confundir, freqüentemente, Espiritismo com kardecismo e nos faz pensar que os demais movimentos espíritas sejam dissidências. Em essência nunca houve dissidência no movimento espírita. Ocorreu, e continuará ocorrendo, o desabrochar de agrupamentos não kardecistas.

O reiki segundo o espiritismo 02

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Adilson Marques

Reconduzindo o Espiritismo ao seu devido lugar, o da Ciência, necessitamos retomar o papel dos Espíritos e o objetivo do Espiritismo, segundo Kardec: 


Os Espíritos não estão encarregados de nos trazerem a ciência pronta. Seria, com efeito, muito cômodo se nos bastasse perguntar para sermos esclarecidos, poupando-nos assim o trabalho de pesquisa. (...) Os espíritos não vêm nos livrar dessa necessidade: eles são o que são e o Espiritismo tem por objeto estudá-los, a fim de saber, por analogia, o que seremos um dia e não de nos fazer conhecer o que nos deve estar oculto, ou nos revelar as coisas antes do tempo (OE, p. 68, grifo meu). 

Kardec deixa claro que o objetivo do Espiritismo é fazer ciência, estudando os Espíritos e que tal ciência não se encontra pronta. É nesse sentido que temos que entender a expressão codificação. Codificar também é um ato ativo, que exige trabalho, criatividade e criticidade. Quantas pessoas não afirmam que Kardec não teve papel ativo, não criando nada, apenas “codificando” os ensinamentos dos espíritos, o que dá ao termo codificação um sentido quase “metafísico” e “sobrenatural”. Kardec foi importante e ativo, inclusive manifestando criativamente seu preconceito eurocêntrico, fato que foi, inclusive, respeitado pela espiritualidade, como veremos adiante. 

E como todo campo científico, o Espiritismo também deve se aprimorar, mudar de paradigmas, de heurísticas etc. E, no âmbito científico, a única conclusão cabal que se pode tirar do Espiritismo é que há influência do mundo invisível sobre o mundo visível. E que já se pode definir algumas das relações que existem entre eles. Porém, afirmar que o Espiritismo já revelou tudo sobre o mundo espírita e que mais nada há para se estudar, é muita preguiça mental. Da mesma forma que afirmar que o correto é contatar a espiritualidade somente através de médiuns sentados em volta de uma mesa, e que o médium “incorporado” nunca pode se locomover pelo ambiente de trabalho mediúnico. Tais afirmações são de ordem metodológica, e não valores doutrinários. 

Como já nos referimos, as pesquisas de Kardec trouxeram conseqüências importantes, sobretudo para o âmbito filosófico e moral. Ou seja: “A prova patente da existência da alma, da sua individualidade depois da morte, da sua imortalidade e do seu futuro”.(OE, p. 70) Isto é o mais importante. Todo é resto se constitui em métodos e heurísticas que constituem as diferentes modalidades de Psiconomias (Assim, o kardecismo, a umbanda, a apometria e a própria transcomunicação instrumental desenvolvem seus próprios métodos e heurísticas, de acordo com o objetivo que cada modalidade mediúnica necessita. Todas elas são sistemas singulares para o intercâmbio mediúnico, não sendo possível afirmar, categoricamente, qual é o melhor e qual o pior. Qual envolve apenas espíritos “superiores” e qual está nas mãos de espíritos “inferiores”.), em outras palavras, processos de racionalização e de metodologias para o intercâmbio mediúnico. 

Assim, se os kardecistas só trabalham sentados em volta de uma mesa, não quer dizer que outras linhas espíritas não possam se organizar de outra forma para recepcionar e trabalhar com os irmãos desencarnados. Se os kardecistas necessitam de mesas, outros agrupamentos necessitam de macas, colchonetes, elementos da natureza etc. 

O importante é que há todo um vasto mundo aberto para ser conhecido com o advento da ciência espírita. E é por isso que Kardec, preferindo seguir seu estudo pelo campo da cientificidade, reforçou, freqüentemente, que “há duas coisas no Espiritismo: a parte experimental das manifestações e a doutrina filosófica” (OE, p. 78). É importante ressaltar que ele fala sempre em doutrina filosófica e não em doutrina religiosa. Além de não falar em religião em nenhum momento, Kardec afirma que foi a Igreja Católica que transformou o Espiritismo em religião: 


Pela natureza e veemência de seus ataques, ela alargou a discussão e a conduziu para um terreno novo. O Espiritismo não era senão uma simples doutrina filosófica e foi ela mesma que o engrandeceu apresentando-o como um inimigo terrível; enfim, foi ela que o proclamou como uma nova religião. Foi uma imperícia, mas a paixão não raciocina (OE, p. 86). 

Porém, se foi a Igreja Católica que tentou transformar o Espiritismo em religião, fato que o kardecismo assumiu de braços abertos, está na hora de reconduzir a discussão para a esfera proposta por Kardec para que a “imperícia” não se torne ainda mais grave e o Espiritismo morra de inanição. Está explicito na obra de Kardec que o Espiritismo não é religião. Assim, todos aqueles que pretendem ser coerentes com o pensamento de Kardec  devem reconduzir o debate sobre o Espiritismo ao seu devido lugar: o domínio da Ciência e o da Filosofia. “Não-doutrinário” é querer transformar o Espiritismo em religião. O que o kardecismo tem proposto nestes anos todos é o que está manchando a “pureza doutrinária” do Espiritismo. 

Em outras palavras, já passou da hora de retomar o pensamento kardequiano para que a ciência espírita, ou seja, o Espiritismo, seja aprimorado. Se alguém quiser falar que o kardecismo é a “religião do futuro ou o futuro da religião”, como se lê, rotineiramente, em livros, em revista e na internet que fale, mas nunca diga que o Espiritismo é a religião do futuro, pois religião ele nunca foi e nem o será. Respeitar a memória e a obra de Kardec é de fundamental importância.

O reiki segundo o espiritismo 03

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Adilson Marques

Este capítulo foi organizado a partir das respostas obtidas com a espiritualidade que atua na ONG Círculo de São Francisco, entre os anos de 2002 e 2005. Até onde sabemos, atuam na casa as seguintes correntes espirituais: as indígenas, os pretos-velhos, as crianças, as entidades médicas (muitas são mentores da chamada Associação Médico-Espírita), e três linhas de espíritos orientais (uma do extremo oriente, uma da Índia e outra representando, simbolicamente, os antigos povos Persas6). Atualmente, o trabalho terapêutico da ONG tem se pautado na oferta de quatro serviços complementares: o ensinamento e aplicação de Reiki, as aulas de Yoga, a difusão do Kefir, um cogumelo de origem tibetana importante para regularizar o funcionamento dos intestinos, e cursos para o cultivo de plantas medicinais. 

Fomos orientados para procurar organizar as informações abaixo na forma de perguntas e respostas, o que facilita a compreensão do leitor. É o método adotado nos livros de Ramatís e de muitos outros autores espirituais, além do próprio Livro dos Espíritos, escrito por Kardec. 

A ordem estabelecida para a apresentação das questões não representa, necessariamente, a ordem em que as perguntas foram feitas à espiritualidade. 

Devemos lembrar que tais respostas, obtidas na ONG, foram também confirmadas pela espiritualidade que atua em outras casas, aumentando, assim, nossa confiança de que é através da gratuidade e da preocupação com o aprimoramento espiritual que o Reiki deve ser difundido, sem mistérios, mistificações e charlatanismos. 

Pergunta 01 – É necessário ser sintonizado no Reiki para se enviar boas energias e auxiliar na recuperação de enfermos? 

Resposta - Para se enviar energia são necessárias três coisas: o pensamento elevado, a vontade de ajudar o próximo e o amor desinteressado. Todo o resto é instrumento ou “muletas” criadas pelos homens, em todos os tempos, para auxiliar neste processo. Poucos estão preparados para acreditar no poder mental que possuem. Poucos sabem que a mente é uma poderosa usina. Poucos sabem que é possível direcionar nossa energia para diferentes fins, inclusive ajudar na cura de um irmão enfermo, desde que este tenha o merecimento para ser curado através da imposição das mãos, pois nenhuma técnica, incluindo o Reiki, é capaz de transcender a Lei do carma e o livre-arbítrio. 

Todos, cristãos ou não, sabem que a plantação é livre, mas a colheita será sempre obrigatória. O que não significa que Deus seja punitivo, apenas que existe uma verdadeira justiça cósmica regendo o universo. 

A energia utilizada no Reiki é a mesma que o ser humano, nas mais diferentes e distantes culturas e civilizações, aprendeu a manipular, dando nomes diferentes e utilizando formas distintas para tanto. Assim, o que menos importa é o nome da técnica. Porém, todas sempre funcionarão quando apresentar as três condições básicas: pensamento, vontade e amor. 

Pergunta 02 – A cada dia aparecem novas pessoas dizendo que canalizaram símbolos. Muitos são patenteados, inclusive. Mas pelo exposto, eles não seriam, então, necessários? 

Resposta – Esse processo que você descreve é fruto do orgulho e do egoísmo humano. Deus não pára de criar um só segundo e nunca repete uma só criação. E, apesar disso, ele nunca assinou nenhuma de suas criações. Só o homem orgulhoso e egoísta pensaria em patentear um símbolo que “canalizou”. Esse símbolo pode, de fato, ter existido no passado e a pessoa, em um estado ampliado de consciência, obtido através da meditação, pode acessar este símbolo criado em algum tempo remoto. A própria pessoa pode ter utilizado tal símbolo em alguma encarnação, em algum ritual da comunidade em que viveu. Você mesmo não via o crucifixo de São Damião7, mesmo sem o conhecer na atual encarnação? 

Como já dissemos, no passado, o homem criava instrumentos que o auxiliavam a manter seu pensamento concentrado e canalizar sua vontade. Mas hoje, com a evolução mental e moral já alcançada, pode prescindir de tais elementos gráficos, principalmente, quando utilizados para charlatanismo e mistificação. 

O reiki segundo o espiritismo 04

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Adilson Marques

Pergunta 03 – E os canalizadores que afirmam que foram seres de outros planetas, que foram extraterrestres que lhe transmitiram os símbolos e que os mesmos lhes falaram para não divulgá-los para qualquer pessoa, pois seria muito perigoso, transformando, assim, o símbolo em uma mercadoria cara e disputada, avidamente, pelos adeptos das seitas Nova Era? 

Resposta – Para aquele que paga, há sempre aquele que vende. O charlatanismo só existe porque ainda há pessoas que gostam de ser enganadas. Se o canalizador tem essa vontade de “canalizar” um símbolo que o possa tornar famoso, que dê para ele criar um novo sistema de Reiki e, além disso, ganhar dinheiro comercializando o símbolo, tudo isso fará com que ele atraia para o seu lado consciências desencarnadas zombeteiras ou mistificadoras. Não é ao acaso que vão aparecer seres de “altíssima” evolução espiritual, afirmando serem de outros planetas, com formas bizarras como lagartos e outros bichos, e vão transmitir ao “canalizador” símbolos com nomes apropriados para filmes de ficção científica e vão dizer, obviamente, para ele guardar o símbolo com muito cuidado. 

Vão dizer, para estimular a vaidade do médium, que são símbolos valiosos e que servem para curar câncer ou outras doenças que, se não podemos afirmar que são incuráveis, podemos garantir que, dependem, sobretudo, do merecimento do paciente. Sem a reforma íntima, tais enfermidades, que são as colheitas dos erros do passado, não são curadas. 

As toxinas astrais que as originam só podem ser drenadas a partir do Amor ou da Dor, quando são, então, drenadas para o corpo físico na forma de graves enfermidades. Por isso não importa se o símbolo foi transmitido por “Buda”, “dr. Lagarto”, “Saint-Germain”, “Jesus” ou outro espírito que diz ter vindo de Sírius ou de Júpiter... A toxina será drenada pelo suor do trabalho amoroso ou pela dor da expiação. 

E por que dizem que são símbolos valiosos? Porque servem para a mistificação, para estimular o orgulho e o egoísmo do médium invigilante que o canalizou. Jesus e São Francisco usaram algum símbolo para curar? Não. Eles usavam apenas o grande poder mental que possuíam e contavam com o amparo da espiritualidade superior. 

Pergunta 04 - Mas por que ao mentalizarmos um dos símbolos do Reiki, automaticamente, sentimos a energia fluindo e se dirigindo para o paciente? Esse fenômeno sensorial não seria um indício de que os símbolos funcionam? 

Resposta – Em nenhum momento falamos que os símbolos não funcionam. O que estamos comentando é que não há necessidade de “sintonização” como vocês fazem nos cursos de Reiki, com tantos apetrechos esotéricos e rituais. No fundo, será sempre a vontade, o pensamento e o amor que estão agindo na movimentação da energia. A vontade, o pensamento e o amor antecedem o desenho do símbolo. 

Vamos esclarecer como funciona a comunicação entre o espírito (mente) e o cérebro. Em primeiro lugar, vocês devem saber que o ser humano não pensa através de palavras. E, para se transmitir uma idéia, o ser humano necessita converter o seu pensamento em um sistema de códigos. Este sistema pode ser na forma de sinais ou imagens simbólicas, como no caso do Reiki e de tantas outras práticas orientais, ou na forma de palavras, que também são símbolos. 

Em qualquer um dos casos, para funcionar, é necessária a decodificação, ou seja, a interpretação da mensagem. É por isso que a pessoa que não conheça o símbolo e não saiba para que o mesmo funciona, não vai sentir nada, não vai enviar energia. Ele não tem ainda a chave para decodificar a mensagem. Seu cérebro e seu subconsciente não sabem decodificar o símbolo. Ao contrário, o “iniciado” vai movimentar sua energia vital, sua bioenergia, porque associou ao símbolo, à imagem gráfica, uma função. Ou seja, ele sabe que ao desenhar um determinado símbolo ele deve dar um comando inconsciente para o seu duplo-etéreo liberar a energia. Ele está substituindo a palavra por um outro símbolo, por uma imagem.

Pode acontecer também da pessoa já ter entrado em contato com aquele símbolo em outra encarnação. Daí, apesar de não se lembrar, ele está gravado em seu perispírito. Assim, mesmo sem ter passado por um ritual iniciático, a energia será liberada quando desenhar o símbolo, pois sua mente inconsciente ou seu subconsciente aprendeu, no passado, como decodificar a mensagem. 

Agora, mesmo o iniciado no Reiki, que passou pelo “ritual iniciático”, que aprendeu os infinitos sistemas de Reiki, mas que desenha os símbolos sem se concentrar e sem vontade, não irá manipular nenhuma energia. Nada irá acontecer. 

A criação de símbolos é uma forma de codificação. E como o ser humano ainda não é capaz de viver sem símbolos para se comunicar, eles são muito úteis. E qualquer um pode criar um símbolo e, se for do tipo malandro, correrá para patentear e inventar uma história bem mistificadora para ganhar um bom dinheiro com o seu símbolo “sagrado”. 

Como já salientamos, no Oriente, esta sabedoria de como a comunicação funciona é milenar. E o homem ocidental descobriu isso, recentemente. Não se diz que uma imagem vale mais do que mil palavras? A decodificação de uma mensagem através de imagens costuma ser muito mais fácil e universal do que através de palavras.

O reiki segundo o espiritismo 05

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Adilson Marques

Pergunta 05 – Então é possível criar novos símbolos e atribuir a eles novas funções? 

Resposta – Obviamente. Desenhe uma imagem e atribua, mentalmente, que ao desenhá-la você emitirá energia para os pés de uma pessoa. Sempre que você se concentrar e mentalizar aquela imagem, seu inconsciente fará o trabalho restante. Ou seja, sua vontade de enviar energia para os pés será a alavanca necessária para o seu duplo-etéreo liberar a energia. Porém, não é muito mais fácil você pensar em enviar energia para os pés, para o peito ou para qualquer outra parte do corpo da pessoa do que ficar pensando em criar um sinal gráfico? O homem pré-histórico precisava desenhar um animal na parede e, com sua lança, “ferir” o animal desenhado para facilitar a caça. Agindo dessa forma, acreditava que seria muito mais fácil caçar e, realmente, era. Ele estava canalizando energia para alcançar aquele objetivo. É por isso que o mais importante é o ensinamento moral que cada símbolo do Reiki possui e não sua forma, seu desenho. 

Pergunta 06 – Mas, da mesma forma que algumas pessoas só conseguem orar se estiverem diante de uma imagem de santo, não há aquelas que só acreditarão que enviam energia se desenharem um símbolo? Ou que só através de uma “sintonização” bem cara e ritualizada que obterão tal poder de auxiliar o próximo? 

Resposta – Existem sim. Foi por isso que dissemos que, enquanto existir quem paga, existirá que venda. Os charlatões estão por toda parte para ludibriar aquele que não tem conhecimento. Por isso, a cada dia, surgem símbolos milagrosos e cada vez mais caros. Se no passado o ser humano comprava indulgências para se livrar do purgatório, hoje se compra símbolos de Reiki para tudo, de um resfriado até a cura do câncer. É mais fácil o ser humano acreditar em milagres desse tipo do que na existência do espírito, da vida após a morte e da reencarnação. É mais fácil pagar por um símbolo do que procurar se transformar interiormente, mudando o pensamento, os sentimentos e as atitudes doentias. Não há problema nenhum em se ter símbolos, o problema está na mistificação que se criou em torno deles. P

Pergunta 07 – Pelo exposto acima, podemos inferir que não há diferença entre o Reiki e o passe espírita? 

Resposta – O nome Reiki se popularizou na segunda metade do século vinte. Hoje ele é uma realidade mundial. Não dá para desprezá-lo ou ignorá-lo. É uma variação metódica do que poderíamos chamar de Fluidoterapia. E como vocês necessitam de nomes, poderiam chamar todas as técnicas conhecidas, como o Passe espírita, o Johrey, da Igreja Messiânica, a Cura Prânica dos filipinos etc. como Fluidoterapia. 

A Fluidoterapia nasceu, na Terra, com os primeiros capelianos exilados. Gradativamente, eles foram redescobrindo a forma de manipular a energia cósmica para a cura. E, em cada local, como já dissemos, inventaram rituais e exterioridades para fazer a manipulação energética que, no fundo, funcionará sempre através dos três condicionamentos já apresentados: pensamento, vontade e amor. 

Se não há diferença no tipo de energia, há diferença no procedimento. Muitas casas kardecistas fazem o “passe de cura”, que seria um passe mais demorado, em uma sala diferenciada, com o paciente deitado em uma maca. O “passe de cura” funciona como o Reiki, porém, sem símbolos, músicas ou aromas.